
Entre os resultados mais interessantes da pesquisa da Ipsos e do Luxury Marketing Council (LMC), intitulada "Perfil do consumidor de luxo no Brasil" (2008), está o fato do luxo significar hedonismo e prazer. Um dos destaques é que, para os brasileiros, o luxo significa, para 77% dos entrevistados, hedonismo e estilo; luxo é uma recompensa pessoal e uma maneira de viver com estilo e design; para 77% dos entrevistados e, é PURO PRAZER, e um modo de expressar estilo e personalidade, para 71%.
Esses dados são valiosos e ajudam na maneira de como as marcas devem agir com os consumidores. A responsável pela pesquisa, Karen Cavalcanti, afirma que, no luxo é tudo muito mais segmentado e a marca precisa achar fatores que vão diferenciá-la. A diretora da Ipsos afirma que a pesquisa demonstra o crescimento da busca por experiências, “O luxo no Brasil não é só ostentação. Buscamos o ‘experiencial’.”
Esse resultado vem ao encontro do filósofo Gilles Lipovetsky e Elyette Roux (“O Luxo Eterno: da Idade do Sagrado ao Tempo das Marcas", 2005) ao afirmarem que enquanto os produtos de consumo recorrente oferecem benefícios de tipo funcional, as marcas de luxo “remetem a benefícios simbólicos e, cada vez mais, a benefícios ditos “experienciais”, isto é, que implicam, no cliente, uma busca de experiências e de emoções fortes e exepcionais.” A professora francesa Daniele Allérès (2006) complementa, explicando que “os ‘bens de luxo’ traduzem o domínio dos desejos e ambições, que conferem ao produto um valor quase mágico.”